Publicado em 22/07/2025 às 08:51,

Campo Grande terá uma mobilização pró-Bolsonaro em agosto. Movimentos de direita organizam uma manifestação a favor do ex-presidente para o dia 3 de agosto, domingo.

Redação, MidiaMax
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Divulgação

O ato acontece após o político ser alvo de uma operação da Polícia Federal, na última sexta-feira (18), em que foi imposta uma série de medidas cautelares.

Entre elas, está o uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher, proibição do uso de redes sociais e de se comunicar com o filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado que se mudou para os Estados Unidos.

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A concentração para o buzinaço em Campo Grande será a partir das 10h, na Praça do Rádio. Uma reunião com lideranças religiosas, políticas e da sociedade, na terça-feira (22), deve discutir os detalhes da manifestação.

“Será um movimento da direita. O propósito é ter a participação de todos”, confirmou o pastor Wilton Acosta ao Midiamax.

Políticos bolsonaristas de Mato Grosso do Sul, no fim de semana, reconheceram o direito da população de se manifestar, mas de forma pacífica.

“É uma manifestação pacífica em defesa da liberdade contra os abusos que o STF vem cometendo contra o Bolsonaro, contra os aliados do Bolsonaro, contra a direita”, afirmou o vereador de Campo Grande Rafael Tavares (PL).

Líderes do Partido Liberal se reúnem com Bolsonaro em Brasília, na tarde desta segunda-feira (21), para discutir a mobilização. Os deputados federais Marcos Pollon (PL-MS) e Rodolfo Nogueira (PL-MS) interromperam o recesso e viajaram neste fim de semana para o Distrito Federal, para participarem do encontro.

Operação mira Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo, na última sexta-feira (18), de uma operação da Polícia Federal determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Bolsonaro terá de usar tornozeleira eletrônica e, segundo apurou o UOL, foi à superintendência da PF em Brasília com carro próprio, para colocar o dispositivo. A decisão também impõe restrições, incluindo:

Proibição de contato com outros réus e investigados, como seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e atua como elo com o ex-presidente Donald Trump;

Recolhimento domiciliar das 19h às 7h e nos fins de semana;

Proibição de comunicação com embaixadores e diplomatas estrangeiros;

Impedimento de acesso a redes sociais;

Restrição de aproximação de embaixadas — em novembro de 2024, Bolsonaro afirmou que se sentia perseguido e cogitava pedir refúgio em embaixada caso houvesse ordem de prisão.

A operação foi autorizada após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências de Bolsonaro, em Brasília e no Rio de Janeiro, além da sede do PL.

As suspeitas são de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.

A defesa do ex-presidente divulgou nota dizendo que ele “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas” e que “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”. O partido ainda não se manifestou oficialmente.

Durante a ação, os agentes apreenderam cerca de US$ 14 mil na casa do ex-presidente, em Brasília. A investigação apura se o valor poderia ser utilizado em uma eventual tentativa de fuga. As medidas fazem parte da PET nº 14129, em andamento no Supremo Tribunal Federal.